sábado, 6 de março de 2010

"O Rei-Menino"


Os textos que se seguem são a continuação de um episódio da obra "O Rei-Menino" de António Torrado (lido na sala de aula).


Três desejos

"Numa manhã igual às outras, o criado de quarto abriu cerimoniosamente os cortinados do leito real.
-Bom dia, vossa Majestade! – Cumprimentou o criado. – Como vai vossa Majestade, hoje para o conselho da corte?
Era a pergunta de todas as manhãs. "Como vai…", entenda-se: "Como vai vestido".
Havia muito por onde escolher.
Mas desta vez para surpresa do criado, o rei menino respondeu apenas:
- Vou de patins.
O criado espantado pergunta:
-Tem a certeza?
-Sim, claro que tenho – respondeu orei menino.
Quando chegou ao conselho da corte, um dos conselheiros disse:
-Sua majestade, hoje vem cá o rei de Leão, por isso, proponho-lhe que tire esses patins!
- Não! – disse o rei menino enraivecido.
E saiu a correr até ao jardim. Mas isso passou-lhe depressa.
Ao longe, pareceu-lhe ver um coelho branco com um relógio na pata. Com os seus patins evoluídos, foi atrás dele.
Ao virar a esquina, o coelho desapareceu de vista. O rei menino cansado encosta-se a um parede do palácio. A parede gira e ele entra numa sala secreta onde havia um grande tesouro: moedas de oiro, colares de prata, diamantes que eram do tamanho de berlindes, pulseiras, brincos , anéis, rubis, rosas de prata e oiro…era um tesouro nunca antes visto.
Lá no meio daquele valioso tesouro, havia um holograma que dizia o seguinte:
-Olá, Gustavo I! Venho dizer-te uma coisa: há um livro na biblioteca real que é mágico e concedente três desejos, mas para os realizares é preciso saberes o passado da tua família.
O rei menino tentou sair dali para ir contar aos seus conselheiros o que lhe tinha acontecido, mas para sair dali era preciso subir escadas. Com os patins não dava jeito, por isso, teve de se descalçar e lá foi ele.
Foi dar à despensa junto à cozinha.
Os conselheiros ficaram espantados com aquela história fantástica.
O rei menino descobriu a história da sua família e os desejos não foram todos realizados porque ele só pediu um:
-Desejo que a minha família nunca tivesse morrido!
E, assim, o seu desejo foi concedido: viveu feliz com o seu pai e a sua mãe e foi rico para todo o sempre!

Lina de Jesus



Afinal havia uma justificação

…Então logo de seguida, o conselheiro disse:
-Desculpe, sua Alteza, mas eu não me dou muito bem com o dragão...
-Então, só pode haver uma justificação…- disse o rei.
- Bem, eu não acho que isso seja verdade… - resmungou logo o dragão. – Ele só sabe embirrar comigo! Estavam ali todas as pessoas incluindo o mestre de dança, que disse:
- Eu, no outro dia…ouvi os dois discutir, não sei bem porquê…
-Foi, assim… - começou o conselheiro. – Eu estava muito bem na minha mesinha a trabalhar, quando, de repente, se ouve um assobio de vento…
- Pára! – interrompeu o rei. – O dragão concorda até aqui?
- Bem…até concordo…
- E esse assobio vinha do dragão que, por acaso, me deitou fogo aos papéis…
- Foi sem querer, por favor, perdoa-me…Perdoas-me? – interrogava o dragão cheio de pena.
- Afinal, existe uma justificação para isto tudo – diziam todos.
 - Pronto, eu perdoo-o! - dizia o conselheiro.
Então estava tudo resolvido.
- Avó… já acabei de ler a história que o papá me deu… - dizia uma menina com um livro na mão.
 - Gostaste? – perguntou a avó.
- Sim… aprendi que devemos sempre dizer a verdade e, assim, não há confusões… - dizia a menina.

Cláudia Franco nº8


Viva o dragão

 
-Foste tu?! Sem a minha autorização? – perguntou o rei que, como imaginam, estava fulo.
-Sim – disse o conselheiro sussurrando. – Eu pensei que sua alteza deixasse.
- Tu não sabes o que…
A fala do rei foi interrompida pelo dragão que rugiu:
- Calem-se!!! - os dois homens calaram-se e olharam para o dragão. – Vim aqui também dizer que Rogash vos vai atacar com 50 mil soldados esta noite.
- 50 MIL?! Ajude-nos – pediu o rei.
-Nem pensem, tenho mais que fazer – disse o dragão mesmo antes de sair.
Os soldados de Rogash tinham chegado e estavam prontos para entrar quando…
-PUM ! - 5 grandes bolas de fogo atingiram os invasores, matando-os a todos.
-Porque voltaste? – perguntou o rei aliviado e agradecido.
-Esqueci-me da carteira – disse o dragão, rindo-se.

J. Manuel

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