segunda-feira, 14 de março de 2011

A Estrada Larga (continuação da história)

-Ah!...Da Estrada Larga!...conta-me o que viste lá.
-É tão linda! – começou a Maria-Primavera. – A estrada reflecte a luz do sol, tornando-a luminosa. Sabes, nem vale a pena saber o seu destino. A estrada já é o destino. Algumas pessoas pensam que no fim da estrada há o fim da inocência, outros pensam que há o paraíso e ainda há aqueles que pensam que para lá da estrada não existe nada. A estrada é como um rio e, nas margens, existem árvores. Árvores essas que guardam ninhos: ninhos de pássaros e pombas brancas. São os pássaros da paz, da bondade e da Primavera. Repousam lá o dia todo, acariciados pelo sol e pelos ramos verdes e florescentes das árvores.
Ainda há as árvores douradas. Dizem que nelas existe toda a riqueza do mundo. Há também os campos das flores do amor. Quem se deita lá fica apaixonado pelo céu e pela vida. A estrada ensina-nos a não ficar presos num lugar. A seguir em frente e a não sentir ódio pelos outros, apenas a desfrutar da existência, da beleza e da poesia da vida.


Pedro Vidigal

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