segunda-feira, 2 de maio de 2011

"O Espanta-Pardais" (Continuação)

“Ao ouvir estas palavras Espanta-Pardais estremeceu. Depois gaguejou:


-Ah… Da Estrada Larga!... Conta-me o que viste lá.”

-Bem, para começar, a Estrada Larga é uma terra encantada, não uma estrada, mas há lá uma estrada larga mágica e foi ela que deu nome á minha terra.

-Conta mais! -pediu Espanta-Pardais.

-Lá havia flores de todas as cores, rios cujas águas tinham diferentes sabores, por exemplo, o rio laranja sabia a sumo de laranja.

-Mas porque um “havia”? -perguntou cheio de curiosidade

-Pois! Agora como o nosso rei morreu, sucedeu-lhe o seu irmão. Ele não gosta de flores, árvores…; por isso, mandou todas as ovelhas e térmitas comerem a madeira das árvores. Agora, a Estrada-Larga está toda destruída.

Vim à procura de uma pessoa disposta a “combater” contara o nosso rei (foi o mago de Estrada-Larga que me mandou).

-Eu sei de uma pessoa ideal para esse trabalho: eu! Não há mais ninguém aqui!. Disse entusiasmado Espanta-Pardais.

-Podes vir mas…

-Tinha de haver um “mas”, diz que sim e vamos embora! -desabafou Espanta-Pardais.

-Sim, mas como é que tiramos, se estás “pregado” ao chão! -perguntou Maria Primavera.

-Escavas um buraco e levas-me num carrinho de mão- respondeu apressadamente.

E assim o fez. Meteu-o num carrinho de mão e fizeram-se á estrada.

-Por um pequeno passo começa-se uma grande viagem! -disse Maria Primavera.



Continua…

                                                                                                           Lina de Jesus

 

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